Em política nada é para sempre, tudo pode mudar da noite para o dia, em Goiás então nem se fala, a base Marconista que já foi sim unida, hoje caminha para o esfacelamento total.
A chapa majoritária de 2018 é o ponto fora da curva para os caciques de vários partidos, sendo o grande ponto de interrogação nestes tempos bicudos em que a política parece caminhar na direção de mudanças significativas.
O Senado é o sonho de consumo de dez entre dez políticos da base aliada e os menos cotados deste bloco são Magda Mofatto e Roberto Balestra.
O Deputado Federal do PP pode ser aquele com menos chance de concorrer, já que faz parte do mesmo partido do Senador Wilder Morais, o escolhido pelo Governador neste primeiro momento.
Uma das grandes questões é se Marconi Perillo vai mesmo tentar se eleger Presidente da República.
O assunto já esteve mais em pauta, as ações do Governador junto ao Consórcio Brasil Central não deixavam até outro dia dúvidas de que o objetivo era viabilizar algo em torno de um projeto nacional.
Isso não acabou, mas deu uma certa esfriada no contexto geral, já que o mandatário goiano não sinalizou que vá deixar o PSDB e é pouco provável que os caciques do partido, como José Serra, Geraldo Alkimin ou Aécio Neves, abram espaço para alguém fora do eixo São Paulo-Minas. Em Goiás Marconi Perillo tem um desafio gigantesco, manter a base aliada coesa para não correr riscos de uma eventual derrota na eleição.
O nome preferido de Marconi Perillo para encabeçar a chapa majoritária, José Eliton, não agrega como ele gostaria, mas segue firme como pré-candidato contando e contando com a preferência escancarada do Tucano chefe.
Outro gargalo a ser superado pelo Governador de Goiás é a formação desta chapa, José Eliton como candidato a Governador, o vice que ainda segue em aberto, e as escolhas dos nomes que vão compor para disputar o Senado.
Vilmar Rocha do PSD declarou que vai disputar o Senado ou Governo.
A Senadora Lúcia Vânia quer a reeleição, é lembrada como candidata ao Governo, mas aposta que as articulações nacionais é que vão dar o tom, assim como Vilmar Rocha para disputar o Palácio das Esmeraldas teria que se opôr ao PSDB, pelo menos no primeiro turno da disputa.
A Senadora pode buscar a reeleição também com benção de Marconi, desde que ele emplaque o seu projeto nacional ou desista de concorrer ao Senado em 2018.
Quem já tem o apoio de Marconi Perillo, como José Eliton, é o Senador Wilder Morais, ao menos foi o que garantiu o próprio Marconi, deixando claro que a decisão final será mesmo sua, sugerindo que se Marconi for candidato ao Senado, tanto Vilmar Rocha, Lúcia Vânia e Jovair Arantes podem buscar outros ares fora da base para realizar seus projetos.